Vigésimo terceiro
dia: Sai de Caleta olivia, Argentina por volta de 8:40h. e cheguei a Puerto
Madryn, Argentina por volta de 16:00h.
Quarto dia da
volta ao lar.
18 de setembro
de 2014 – Quinta-feira
Total até agora
= 8.857,1 Km
Total hoje = 544,4
Km
Sair pela manhã
da cidade é sempre complicado, complicação esta que cresce junto com o tamanho
da cidade. É acordar, arrumar a bagagem ou já tê-la arrumado do dia anterior à
noite, fazer a refeição da manhã, tomar um banho e me arrumar para enfrentar o
novo dia que se apresenta, pagar o hotel, arrumar as coisas na moto e sair, mas
antes, abastecer o veículo.
Por volta de
8:40h. saí do hotel e por volta de 8:50h. já tinha a moto abastecida e
precisava sair da cidade e para isto contava com informações dadas, primeiro no
posto de serviços e depois por passantes. Acabei dando uma volta de moto pela
cidade até encontrar a saída para a ruta 3 e por fim, quando encontrei a ruta 3
e perguntei a uma polícia na estrada se esta era a ruta 3 e qual a direção para
Puerto Madryn, tive como resposta que estava na ruta, mas que no sentido
contrário a Puerto Madryn, aí desvirei a moto, voltei para a cidade, segui
todas as placas, perguntei novamente e para meu espanto, após uma grande volta,
retorno ao posto policial e ao bloqueio de rua. A policial havia me informado a
direção errada. Por fim, já no caminho certo, lá se vão nove horas e alguns
minutos. Depois, tive de enfrentar o excesso de curvas na região e o trânsito
mais intenso entre Caleta olivia e Comodoro Rivadavea.
O clima estava
quente e comecei o strip-moto. Ontem já eliminei duas das três luvas que estava
usando, passando a usar somente a de couro e deixando de lado a de tecido /
malha e a cirúrgica. Hoje sai com uma calça e um casaco a menos e pouco antes
de chegar ao meu destino final tirei a capa de chuva (calça e casaco) e o
capuz.
Entre Comodoro
Rivadavea e Garayade encontrei de novo aquela frente fria que estou perseguindo
desde o Paso de Garibaldi e tive de atravessá-la, nela estava bem frio e em
alguns trechos estava chovendo. Após atravessar a frente fria, via a minha
frente um céu azul bonito e pelo retrovisor da moto nuvens de tempestade bem
ameaçadoras. A partir de Uscudum estava sol e bem quente, o que me permitiu
retirar a capa de chuva e o capuz. Que sensação de alívio! Como bom carioca que
sou, estou acostumado com pouca roupa e muita roupa de fato me incomoda,
prefiro ficar nu a excessivamente vestido.
Chegando a
Puerto Madryn me hospedei novamente no hotel Bahia Nueva, pois fui super bem
tratado da vez anterior e gostei muito do lugar. Jantei também no mesmo
restaurante da outra vez, um nhoque a putanesca com um vinho. Me pergunto
quantas garrafas de vinho terei tomado ao final desta viagem e quantos pratos
de massa, em particular nhoque.
Vou ficar dois
dias nesta cidade para dar tempo desta tempestade seguir seu rumo e chegar
primeiro ao Rio de Janeiro, sem necessidade de eu estar atravessando ela todos
os dias. Cabe destacar que da outra vez que aqui estive estava bem frio e agora
o tempo esquentou e conjuntamente com o tempo as pessoas na cidade. A cidade
está bem diferente, as lojas, antes fechadas, agora exibem suas portas abertas.
As pessoas da região, acostumadas que estão ao frio, agora sentem calor e se
vestem com muito menos roupa. Há mais gente nas ruas e calçadas e mesmo a noite
a cidade ganha uma nova vida. Se eu já tinha gostado da cidade da primeira vez,
agora mais ainda.
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