Décimo sétimo dia:
Sai de El Calafate, Argentina por volta de 9:22h. e cheguei a San Sebastian,
Argentina por volta de 20:00h.
12 de setembro
de 2014 – Sexta-feira
Total até agora
= 6.663,3 Km
Total hoje = 623,2
Km
Fui orientado
por várias pessoas a não sair antes do sol ter tempo de banhar as estradas e de
alguns carros terem por ela passado, isto para que a neve que provavelmente
cairia durante a noite pudesse derreter, deste modo, atrasei propositadamente
minha partida.
Cerca de 60 km
após sair de El Calafate comecei a ter a estrada molhada e pude ver um grande
tapete de neve dos dois lados da estrada por uma grande extensão de terras.
Muito bonito mesmo, se bem que mais cedo poderia ser perigoso para uma moto em
virtude da possibilidade de derrapagem.
Durante o
percurso resolvi testar novamente minha buzina, que já teve bastante tempo para
secar. No início não quis funcionar, depois funcionou de modo rouco e após
algumas tentativas mais, voltou a funcionar normalmente. Bom, um problema
resolvido!
Segui ate Rio
Gallegos e depois fui até a aduana. Nesta primeira aduana temos em um único
prédio os serviços da Argentina e do Chile, de modo que você sai do prédio já
tendo feito a saída e a entrada no país. Segui então para o Estreito de
Magalhães, onde fiz a travessia de barca e seguindo orientação de motoristas e
as placas, tomei o caminho de Onaísin pelo concreto e depois pelo rípio. No
início o rípio estava muito bom, mas depois encontrei obras na pista com muitas
máquinas, pois, estão construindo uma nova estrada e pelo jeito, em breve não
haverá mais rípio algum. Encontrei trechos alagados e difíceis, de modo que eu
e minha moto tomamos um banho de lama. Por fim e já escurecendo, cheguei a San
Sebastian e tive de fazer os procedimentos na aduana de saída do Chile e cerca
de 14 km depois, de entrada na Argentina. Foram cerca de 230 km no Chile, dos
quais, penso que cerca de 150 de rípio. Agora pela frente não há mais rípio e
quem vier em anos futuros não mais encontrará o rípio, que ficará como uma
história a ser contada de uma era que não mais existirá.
Cabe destaque
que abasteci em Rio Gallegos, no mesmo posto que já havia abastecido antes,
quando fora para El Calafate. Só fui abastecer novamente em San Sebastian.
Vários quilômetros antes de chegar a primeira aduana, do Chile, acendeu a luz
amarela de minha moto avisando que tinha entrado na reserva de combustível.
Tudo bem que estava em uma estrada de rípio, no meio do nada e que já estava
anoitecendo, mas pensei que não havia motivo para preocupações, afinal de
contas, na pior das hipóteses, teria o galão reserva com cinco litros de
gasolina. Apesar de não precisar usá-lo, foi sempre bom e reconfortante saber
que tinha uma reserva adicional de gasolina, para o caso de pane seca.
Desde que entrei
na Argentina fui sempre super bem tratado e dou nota 10 mais, para todos os
argentinos que encontrei, no entanto, sempre há uma exceção e hoje à noite,
enquanto via as instalações do hotel e resolvia sobre minha estadia, com a moto
parada em frente, alguém furtou o galão de 5 litros de gasolina cheio, que
trazia amarrado na moto. Não entendo, coisa que só tem valor para mim. Nesta
região o preço da gasolina ou nafta, como os argentinos chamam, não custa mais
de 10 pesos o litro, logo, 50 pesos de gasolina e um galão de plástico, que
préstimo tem isto para alguém se sujar por tão pouco e pior, como sou
estrangeiro, tal pessoa procedendo assim também tenta sujar a imagem de seu
próprio país para quem o está visitando. Terei de ter mais cuidado de agora em
diante, se bem que, são as desvantagens de viajar sozinho, pois, há diversos
momentos em que temos de entrar em algum prédio para resolver algum assunto e a
moto tem de ficar do lado de fora com tudo nela, incluso nosso próprio capacete
e luvas.
Chegando ao
hotel, encontrei quatro motociclistas de Ushuaia que estavam indo para El
Calafate e pudemos conversar sobre nossas viagens e me falaram para não sair
cedo amanhã, pois, pela manhã há neve na ruta 3 chegando a Ushuaia, no lugar
chamado Paso de Garibaldi. Eles tiveram problemas sérios hoje por lá em torno
das 10 horas da manhã e sugeriram que só passasse por lá após o meio-dia.
Armadura para enfrentar o frio de hoje, parte superior
Armadura para enfrentar o frio de hoje, parte inferior
Armadura para enfrentar o frio de hoje, além disto, tive ainda de calçar um segundo par de meias e luvas
No Chile eu e Pantera Vermelha transitamos pelas CH 255 e 257
Começando a enfrentar o rípio
Motos dos amigos de Ushuaia, em frente ao hotel, conjuntamente com Pantera Vermelha
Hotel em San Sebastian - Argentina, cidade que segundo informação da gerente, tem cerca de 150 pessoas. San Sebastian Automovil Club Hotel
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