Décimo nono dia:
Ushuaia, Argentina
14 de setembro
de 2014 – Domingo
Total até agora
= 6.959,9 Km
Total hoje = 0
Km
Contratei um
serviço turístico com van e guia para ir até a Bahia de Lapataia e o final da
ruta 3, foi o melhor que fiz, pois, como já previa, a estrada estava uma pasta
de lama formada pela água da chuva e o gelo / neve derretido, com várias poças
d’água no transcorrer do percurso. Estava tão escorregadio que mesmo a van com
suas quatro rodas teve dificuldades. Soube pela guia que o Correio localizado
na Ilha Redonda fecha durante o inverno e que só reabrirá em outubro, chato,
pois, tinha planejado ir lá por um carimbo de Ushuaia em meu passaporte. A guia
turística me informou que qualquer Correio da cidade ou mesmo o balcão de
informações turísticas da secretaria de turismo da cidade, poderia por um
carimbo de Ushuaia em meu passaporte, mas não é a mesma coisa. A tarde, fiz o
passeio de barco pelo canal de Beagle e quando voltei visitei o museu presídio.
Nem completei direito a visita guiada ao presídio, pois, senti o ambiente
carregado e pesado, de fato, não gosto de certos lugares e presídios ou
ex-presídios estão na lista.
À noite recebi
no hotel o meu amigo motociclista Carlos Menna, com quem conversei bastante e
troquei alguns dólares, depois fui ao restaurante onde já havia estado ontem
comer uma pizza.
Conheci três
brasileiros visitando Ushuaia, um casal de Sorocaba, São Paulo e uma mulher de
Brasília À noite meus novos amigos estavam me esperando para sair após 22 horas
em direção aos cassinos da cidade, mas eu estava exausto e preferi faltar ao
encontro para ir descansar em meu apartamento. Tem uma hora que a diversão
começa a ser exaustiva e cansar mais que divertir.
Descobri
conversando com alguns argentinos em El Calafate e aqui em Ushuaia, que as
casinhas cheias de bandeiras vermelhas que venho vendo ao longo das estradas
desde que entrei na Argentina são fruto da devoção a uma divindade. A nossa
guia de hoje pode me dar o nome por escrito, trata-se de El Gauchito Gil.
Estou cansado e
sentindo saudades de minha família e cidade, desejando substituir o frio pelo
calor da praia de Ipanema no Rio de Janeiro. Amanha começo a jornada de retorno
para a minha terra e origens.
Achei muito
gratificante e revigorante toda esta viagem de ida e espero que a volta para
casa ocorra com total tranquilidade e coisas boas como tem sido até aqui. É
como sempre digo: a vida é boa, bela e
maravilhosa. A vida é uma experiência única a ser vivida, pena que muitos não a
vivam, mas se assemelham a zumbis, mortos vivos. Acreditar que as inúmeras
pessoas que vemos a nossa volta estão vivas é ledo engano baseado nas
aparências, mas ter uma aparência de vivo, não significa que algo de fato
esteja vivo.
Silverio, que seu retorno seja tranquilo e seguro. Quem sabe nos encontramos em alguma esquina deste mundo de Deus. Casal de Sorocaba. Felipe( Lendários Estradeiros)
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