Décimo oitavo dia:
Sai de San Sebastian, Argentina por volta de 9:38h. e cheguei a Ushuaia,
Argentina por volta de 14:00h.
13 de setembro
de 2014 – Sábado
Total até agora
= 6.959,9 Km
Total hoje = 296,6
Km
Orientado que
estava pelos motociclistas de Ushuaia que conheci no hotel em San Sebastian,
sai mais tarde para passar pelo Paso Garibaldi após o meio-dia e deste modo
minimizar o problema com a neve e gelo na estrada. Os motociclistas pertenciam
ao grupo Mosquitos Fueguinos.
Independente do
horário de saída, mantenho a rotina de levantar as 7:00h. todos os dias. Fui o
primeiro a fazer a refeição matinal no hotel e aproveitei para contar o
ocorrido com o galão de combustível a gerente, a qual, após se inteirar dos
fatos, muito insistiu em me dar um outro galão cheio com cinco litros de
gasolina, mas eu recusei, afinal de contas, que culpa tem ela ou o hotel com o
ocorrido?
A gerente ou
proprietária, não sei bem, deve ter contado a história para todo mundo. E eu
que estava querendo ser discreto. A cada momento uma pessoa diferente e que por
vezes sequer eu conhecia, me perguntava sobre o ocorrido. Em uma cidade com 150
habitantes, parece que todos que sabiam da história do galão furtado ficavam
chocados. Coitado do cara se um dia descobrirem quem foi.
Segui para
Ushuaia sem pressa, aproveitando cada quilómetro do percurso. Após Tolhuim,
quando faltavam cerca de 100 quilómetros para chegar, baixei bastante à
velocidade, parei para tirar fotos, curti bem o momento. Ao chegar ao Paso de
Garibaldi, me deparei com um lugar muito bonito, lindo mesmo, coberto de neve e
gelo e pude ver o Lago Escondido, tudo muito mágico e bonito realmente, mas
também muito perigoso. Me lembrava as curvas da descida da Serra das Araras no
Rio de Janeiro, abismo de um lado e montanha de outro, com muitas e muitas
curvas bem fechadas, mas bem pior que a Serra das Araras, pois, pista molhada e com
lama nas laterais e muito gelo e neve por todos os lados. Teve momentos em que
de fato tive de ir somente a 40 por hora. Não poderei sair da cidade antes de
meio-dia, o que vai atrasar o meu retorno.
Na chegada aos
portões da cidade de Ushuaia encontrei-me com o motociclista local Carlos
Menna, que muito me ajudou me guiando pela cidade, indo comigo até as informações
turísticas e me ajudando a encontrar um bom hotel e por um preço aceitável Me
hospedei no hotel Antártida Argentina, Rivadávea, 172. Posteriormente jantei no
restaurante Pizza e pasta 137, San Martin, 137. Jantei um nhoque a putanesca
acompanhado de um vinho e uma água mineral gasosa. Sabe, sou meio aquele gato Garfield,
pois, adoro massas.
Após o jantar
caminhei pela rua principal da cidade para o comércio, que é a San Martin, isto
entre 22 e 23 horas. Olhei as vitrines e mais uma vez me espantei com alguns
manequins que vestiam roupas femininas que melhor se aplicariam ao clima do Rio
de Janeiro e não ao frio que ali estava fazendo, onde todos que via estavam
mais agasalhados do que eu mesmo. Mas, foi enquanto caminhava por tais
pensamentos que olhei para o outro lado da calçada e vi um grupo de três belas
e jovens mulheres caminhando a passos largos, com sobretudo aberto de mini
vestido ou mini saia, sem o uso de meias, pouco tempo depois encontrei com mais
dois grupos de mulheres vestidas assim. Sem entender coisa alguma, na
oportunidade de comprar um refrigerante, perguntei ao rapaz da loja sobre o
assunto e ele me respondeu que elas nasceram na cidade e não sentem frio e que
estavam indo para dançar em uma casa em frente ao Casino. Ah! Sim, aqui existem
casinos em todas as grandes cidades e são belos prédios, pois, o jogo é
permitido.
Restaurante Pizza e pastta 137
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