Apesar de
entender que esta mesma viagem em condições favoráveis poderia ser feita
tranqüilamente em cerca de 22 a 25 dias com chegada de moto em minha
residência. A viagem do Rio de Janeiro – Brasil até Ushuaia – Argentina, ida e
volta, me tomou um total de 34 dias, sendo que boa parte destes convivendo com
chuvas e frio. No meu projeto, identifiquei em minha pesquisa e preparação por
cerca de 2 anos, que o mês de setembro, final do inverno, seria o mais indicado
para a viagem, pois, os índices pluviométricos são baixos e os ventos, apesar
de fortes, o são bem menos que na primavera e verão, no entanto, este mês de
setembro foi atípico e convivi com muita chuva, o que os próprios argentinos,
nas cidades pelas quais passei, diziam não ser normal nesta época do ano, onde
normalmente chove pouquíssimo.
Eu optei por
não almoçar durante a viagem, isto levando em conta as enormes distâncias
percorridas, a imensidão do vazio que tornaria difícil encontrar restaurantes,
com boa comida e aparência, na estrada e se mesmo assim resolvesse parar para
almoçar, estaria perdendo um tempo precioso e poderia ter sonolência após o
almoço, estando de barriga cheia, o que não seria interessante para continuar
pilotando a moto. No lugar do almoço levei três caixas de barras de cereais e
dois pacotes de bananada com cinqüenta unidades cada, para serem consumidas com
moderação durante cada parada após a manhã. No total, almocei somente 9 vezes,
incluindo o almoço em casa com minha mulher no dia da partida.
O jantar
sempre ocorreu em bons restaurantes nas cidades nas quais me hospedava, no
entanto, ocorreu de às vezes não conseguir chegar ao meu destino e ficar em um
hotel no meio da estrada, no meio do nada, sem opções boas para jantar ou
então, de enfrentar forte chuva ou frio que tornasse por demais doloroso sair
para ir a um restaurante. No total, jantei 23 vezes e destes, em 10 jantares
optei por nhoque. Na maioria dos jantares escolhi um vinho para acompanhar,
totalizando 20 garrafas de vinho.
Ocorreram
dias, no entanto, em que me vi impedido de almoçar e jantar, tendo de passar
somente com as barras de cereais e bananadas em virtude das circunstâncias. No
total, tive 7 dias sem almoço ou janta.
Sempre escolhi
hotéis de excelente padrão dentro da região na qual estava. Hospedei-me em
hotéis durante toda a viagem, salvo raríssimas exceções, como a vez em que
dormi em um sítio ou mesmo dentro da cabina de um caminhão. Sendo que em um
hotel paguei uma diária sem dormir, pois, saí à tarde, após o horário para o
encerramento da diária, tivemos nesta viagem um total de 33 diárias em hotéis.
Tirei várias
fotos e as coloquei no blog conjuntamente com mapas do percurso e algumas fotos
obtidas na Internet do lugar onde me hospedei ou comi. Excluindo os mapas,
tivemos um total de 516 fotos, todas presentes em nosso blog. Além destas, há
mais algumas que foram tiradas com a máquina de minha mulher quando estivemos
juntos em Buenos Aires e que não constam do blog até a presente data.
Nesta viagem
levei cartões de crédito e débito, mas não os usei na Argentina ou Chile,
somente no Brasil. Levei também Reais e Dólares e troquei durante toda a
viagem, mas o melhor câmbio, com certeza, se dá na cidade de Buenos Aires, no
Centro, mais exatamente na rua Florida e adjacências. Convertendo todos os
gastos em Reais e somando com as despesas dos cartões, do transporte por
caminhão e cegonha da moto, das hospedagens nos diversos hotéis, dos almoços e
jantares, das lembranças, da revisão da moto na concessionária HD de Buenos
Aires, da bateria e do pneu da moto, enfim, de todos os gastos gerados pela
viagem nestes 34 dias, obtive um valor que considero bem pequeno em virtude do
tempo e gastos desta viagem. No total gastei pouco mais de R$12.800,00, o que
da cerca de R$377,00 por dia de viagem.